Iracema, a virgem dos lábios de mel
Edu chagas
Somos todos índios sob os olhos de tupã
No Ceará, a jandaia cantou
De José de Alencar uma história de amor
Índia, a grande vestal consagrada
Tão pura, a virgem dos lábios de mel
Seu corpo selvagem é de onça pintada
O arco enfeitado na cor do guará
Entregue na rede
Perfume de acácia
Jóia da beira do mar
No Ceará, a jandaia cantou
De José de Alencar uma história de amor
Índia, a grande vestal consagrada
Tão pura, a virgem dos lábios de mel
Seu corpo selvagem é de onça pintada
O arco enfeitado na cor do guará
Entregue na rede
Perfume de acácia
Jóia da beira do mar
Flechada de amor não dói
É flor e espinho no ermo da mata
Martin moreno senhor
Ela morena na cor
Talismã dos tabajaras
O homem foi levado ao encontro do pajé
Um feitiço é lançado pela bela mulher
Na fuga, ao desejo se entrega
A ira das tribos em guerra
Um lenço ao vento, fecunda união
Moacir, o primeiro caboclo
Nascia a miscigenação!
Eu sou o legado dos meus ancestrais
A herança de filhos iguais
No palco da nossa raiz
E ela que conhece os segredos da jurema
Vou cantar e saudar, Iracema
Que vive nas veias do nosso país
Beija-flor!
Essência viva da floresta
Seu canto manifesta
Ao toque do tambor
Beija-flor!
Alma e sangue de guerreiro
Exalta o índio brasileiro
Da prosa do escritor
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