Eduardo bettencourt

Samaritana

Eduardo bettencourt
Dos amores do Redentor
Não reza a História Sagrada
Mas diz uma lenda encantada
Que o bom Jesus sofreu de amor

Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
Assim como qualquer mortal
Que um dia de amor palpitou

Samaritana plebeia de Sicar
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde, quando foste encontrá-Lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob.

E tu serena acolheste
O beijo que te encantou
Serena empalideceste
E Jesus Cristo corou

Corou por ver quanta luz
Irradiava da tua fronte
Quando disseste – Oh Meu Jesus
Que bem eu fiz Senhor em vir á fonte!

Samaritana plebeia de Sicar
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde, quando foste encontrá-Lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob.

Fitando o azul celeste
Jesus seguiu a jornada
Após o beijo que lhe deste
Naquela hora abençoada

E a jovem Samaritana
De lindo rosto moreno
Como mulher sentiu-se ufana
Por ter beijado o Nazareno

Samaritana plebeia de Sicar
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde, quando foste encontrá-Lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob

Mais tarde da Galileia
Seguida de fariseus
Entravas pela Judeia
Perdida de Amor por Deus

Dando gritos lancinantes
Suplicavas morte na cruz
No mesmo lenho em que horas antes
Bebendo fel, morrera teu Jesus

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