Ego eris

Quarto escuro

Ego eris
Inerte em seus próprios escombros
Na prisão silente de um quarto escuro
Como quem sofre a divagar por esconjuros
Onde as lembranças afáveis vividas em águas passadas
Deram lugar à angústia vã que à boca amarga
Pouco lhe alcançam as vozes que dizem haver fantasia
Resta a solidão

Já cansado, seu peito convulso
Quase anseia a falta de ar
E essa dor que traz em seu pulso
Que persiste em não cicatrizar

Detalhes imprecisos
Vestígios de outros tempos
Não mais possuem forças pra cessar os seus lamentos
Aquele que mostra o caminho
É o mesmo que furta suas horas escassas
Tudo é ilusão

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