Erivelto pires

Coivara

Erivelto pires
Coivara, amontoada no campo
Cruzaste todos estes anos
Foi municio de fogueira
Coivara, mirada lá no horizonte
Luzeiro vai num reponte
Clareando a madrugada

Quando te acende
Tu não recuas
Teu fogo ardente
Tal qual xirua
Queimando tu segue em frente
Deixando a terra nua

Coivara, inspiração atual
Te apelidaram queimada
Acesa por um bagual
Coivara, a retina esta secando
Não vê o mato brotando
Não tem lágrimas pra chorar

Coivara, o vento norte soprou
Queimaste o velho angico
Só o Tarumã que restou
Coivara, palanque de curunilha
Deixaste a grama tordilha
Onde um dia o boi pastou

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