Espantalho

Patchuli

Espantalho
Reverter em fato novo tudo aquilo que aprendi dos dias turvos que vivi
Como criança que percebe a dor ao por a mão no fogo e então daí vai descobrir
a lógica certa, a estrada reta, a cor do amor,
a densa forma e as linhas tortas do criador.

Retornar à verve forte que o autor quer sempre à fronte, sensato, ébrio, ou como for.
Descalçar os pés ao norte com destino a casa forte (que) desde cedo ele sonhou,
com larga relva, portas abertas, o sol, sua cor,
e o rosto dela, feliz e bela, em esplendor.

Não é hora de questionar
O tempo fecha em terra firme
Dê sua mão, vamos enfrentar
Este é o preço de estar livre

Ouça o vento devastar as rosas do seu lar e nos cobrir com as suas fuligens
Outra prova pra passar é que me faz lembrar dos meus momentos mais felizes.

- Eu fiz um barco a vapor...
- Sonhei que estava em seu calor...
- Subi ao longo do caminho só...
- Senti o perfume de patchuli...

Agora estou tão calmo...
Agora estou tão bem...
E ao lembrar do passado,
só lembro o que fez bem.

Ouça o trovão espaçar e o silêncio chegar enquanto as nuvens vão se abrindo.
Veja a terra devastada e as portas destruídas, e nós, vamos reconstruindo.

Ouça o sim, a paz e o fim.
Ouça o sim, a nós, a mim.

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