Et macaco

Cidade da maldade

Et macaco
Ela mudou o cabelo
Ele se despediu da gratidão
Hoje a solidão vai passear com eles
Descalços na cidade da maldade
Não devia se chutar um coração quebrado
Deixa tudo sossegado
Eles já vão desembarcar dessa ilusão

Mediocridade.
Sei que não te importa
É que o costume do cachimbo deixa a boca torta.
E sempre haverá alguém, que se diz do bem
Só pra te informar: “você tem que ter um alvo!
Uma meta nessa vida
Estar num lugar a salvo, protegido
Do diabo, com a família e a tv.”

Ele cumprimentou o barbeiro, depois que cortou
Os cabelos pra mais uma eleição
A vida toda ele vota consciente, achando realmente
Que essa merda ajuda sua nação
Sem pressa na cidade da maldade
Difícil é crer que essa américa tá tão covarde
Cala a boca, arrombado!

Nunca dê asas pra novas revoluções.
Mediocridade nos programas é o que importa.
É que o costume do cachimbo deixa a boca torta.
E sempre haverá alguém que se diz do bem
Só pra te informar: “você tem que acreditar
Numa meta nessa porra dessa vida

Estar num lugar a salvo, protegido
Do diabo, com a família e a tv.”
Crianças rosadas, cachorros pulando
Velhotes saudáveis, mensagens orientais.
Tudo piscando num comercial de banco
Na tv, já não me emociona mais

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