Etra

Etra (part. ballas)

Etra
É so um inicio é so um vício
É mais uma cena diária
Brinco e troco com palavras
Sem recompensa monetária

Se tu conferes eu não confiro
Se atiras não atiro
Se preferes eu não prefiro
Então muda te sugiro

Desidrato com esta sede
Que me faz cansar aos poucos
Percorro com gritos irónicos
Que afectam a voz aos roucos

Dividindo o dividendo
Então faço esta divisão
Não tenho em dia a matematica
Sou professor daqueles que o são

Arrastados e perturbados
Perante uma população
Que os consome e arrasta
Consoante a sua prestação

E a gratidão que se reserva
Nem sempre reage a vida
E a ilusão que se observa
Tem vezes que abre ferida

Interiorizo para mim proprio
Manifesto me interiormente
Nesta hipocrisia falsa
Nesta vida delinquente

Dei confiança dei lembrança
A uma mão que me deu esperança
O tempo não avança
Ainda me sinto uma criança

Incosciente sigo sempre
De cabeça erguida
Às vezes custa mas tem
Que haver sempre uma partida

Porque a verdade nunca surge
Fica a mentira escondida
So quem passa por ela
É quem tem experiencia vivida

Todos falhamos e ninguém
Revela o seu cagaço
Como o cota da taberna que
Inicia o dia com um bagaço

Todos somos seres humanos
Todos queremos ter espaço
Querem mudar o dia-a-dia
E voltam a cair no fracasso

Porque a mágoa os castiga
E hoje o tempo tá escasso
Á sempre aquele que cai no chão
E ninguém lhe estende o braço

São estereotipos de outros tipos
Que a vingança propõe
São glorias conquistadas
Á qual a inveja se opõe

Abro a janela do meu quarto vejo este mundo louco
Pergunto-me quando é que eu parto, nada mudou nem um pouco
Continuo a gritar farto porque o meu grito é roco
Mas isto é negocio á parte porque eu não procuro louro

E eu prefiro dar-te um braço quando posso dar-te um soco
Só me refiro á arte neste espaço que é tão pouco
Educar-me isso eu faço porque eu sou so um esboço
Mas isto é negocio á parte eu trago av no corpo

Abro a janela do meu quarto
E sinto o ar que se liberta
Num suspiro de cansaço
E vejo a porta entre aberta

Reparo em todas as molduras
E vejo o quanto chorei só
São retratos de quem amava
Que estão cobertos de pó

Mas a frente é que é caminho
O passado já secou
Tanta facada levei
Nenhuma cicatriz sarou

Desenhei o mundo numa tela
E numa tela o ilustrei
Procurei pela verdade
E até hoje não encontrei

Enquanto a vingança predomina
E o ser humano é derrotado
Á sempre a voz que descrimina
E o silêncio é raptado

Preconceito da velha idade
Que julga a nova geração
A vida muda os tempos mudam
Deixem de criticar em vão

Angustiadas vossas vozes
E irrelevancia transmitida
Para mim é um incentivo
Que vos faz parar na vida

Não abdico daquilo que aplico
Apenas tenho ambição
Sigo sempre o meu instinto
Para poder brilhar então

Sento-me no banco
E devoro nicotina
Cansado da dura noite
Sinto a brisa da matina

Podem tentar e planear
Mas não nos atacam em vão
Somos alentejanos vivos
Fardados e de armas na mão

Abro a janela do meu quarto vejo este mundo louco
Pergunto-me quando é que eu parto, nada mudou nem um pouco
Continuo a gritar farto porque o meu grito é roco
Mas isto é negocio á parte pk eu não procuro louro

E eu prefiro dar-te um braço quando posso dar-te um soco
So me refiro á arte neste espaço que é tão pouco
Educar-me isso eu faço pk eu sou so um esboço
Mas isto é negocio á parte eu trago av no corpo

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