Naufrágio necessário
EuthanaziaRefiz as minhas rotas, naufraguei na contra mão
Imaginário lugares, dizer adeus pela ultima vez
Meu porto seguro, maré revoltada, corpo embreagado na areia (sem razão de ser)
Não aceitar, navegar num rumo novo (que me aponte)
Quem ficou no cais, nunca mais quiz se afastar
Estagnar e virar as costas, assimilar, dissimular
Todo bem-estar e agora tanto faz
Independência ou...
(Escapei) com vida daqui (Não) vi o litoral sumir
Só imensidão (Agora) na dança que o oceano me levou (eu vou)
Por um momento, um instante, no naufrágio eu percebi
Vidas em vão, vidas que vão imergir na clareza instantenea e adormecer nas entranhas do mar
Descobrir a saída, seguir o meu plano
Um mapa de fuga, ventos ao meu favor
Na certeza de ancorar, no próximo cais, e não olhar pra traz!
Não aceitar, navegar num rumo novo (que me aponte)
Quem ficou no cais, nunca mais quiz se afastar