Everaldo

Neurose

Everaldo
Vivo em função de relógios
Vivo em função das esperas
Nas filas dos sonhos, dos INSS
Vivo em função das batidas
Que tiquetaqueiam pelos corações

Trago comigo profundas, imundas vontades
De ter as mulheres que passam sedentas, silentes, a se disfarçar
Trago comigo os brados calados, contidos
- Feridas abertas sem saber sangrar

Sou conselheiro das moças
Sou amigo das massas
Sou a palavra o abraço o aperto de mão
Sou um local de repouso
Sou uma missa uma messe
Mas eu não sou, simplesmente eu não sou
O conforto de mim.

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