Expresso valvulado

Doses e neuroses

Expresso valvulado
Às vezes (sempre!) penso
Invento e não me convenço
Tento esquecer mas não dá

O clima desta sala
O cheiro que me embala
Não sei o quanto vai me restar

A cabeça se comprime
Exprime outro crime
Sinto-a fora do lugar

As paredes me sufocam
Enfocam o desespero
Vejo que o fim vai chegar

E no meio da noite vejo coisas no ar
E no meio da noite vejo coisas no ar
E no meio da noite...

Imagens na minha mente
Passando de repente
Avisam que não vão mais voltar

Só me resta a minha alma
Que acalma e e concede
O direito de sonhar

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