Fim de tarde
Fábio brasiliano
Fim de tarde no portão, a cabeça branca ao relento
Teimosia de paixão faz das cinzas renascer alento
Na estrada o seu olhar procurando um vulto conhecido
Espera um dia abraçar quem diziam já estar perdido
Teimosia de paixão faz das cinzas renascer alento
Na estrada o seu olhar procurando um vulto conhecido
Espera um dia abraçar quem diziam já estar perdido
O Seu amor é tão forte, mais que o inferno e a morte
São torrentes que arrebentam o chão
Mais fácil secar os mares, apagar a estrela antares
Que arrancar o amor do seu coração.
Fim de tarde, se debruça no portão
Mas um dia aconteceu, e o moço retornou mendigo
O pai depressa correu e abraçou o filho tão querido
Tragam roupas e um anel, calcem logo os seus pés, milagre
Vinho do melhor tonel, tanta alegria em mim não cabe
O Seu amor é tão forte, mais que o inferno e a morte
São torrentes que arrebentam o chão
Mais fácil secar os mares, apagar a estrela antares
Que arrancar o amor do seu coração
Fim de tarde, está deserto o portão
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