Fagaraz

Desespero

Fagaraz
Do colapso, do inferno, dos restos humanos nas ruas, no xadrez
Da preguiça, fadiga, da falta de interesse impregnada em você
Do sangue frio, da cara de derrotado escondida na tela até as seis
O mundo acabando e babaca esperando pelo feriado outra vez

Chega o desespero
Exala o seu cheiro
Mostra a desgraça
Rasga o seu peito

E o cara no ponto de ônibus, olha só o que ele fez
A senhora assustada, apavorada, ninguém chega perto, nem vem
Do alto do telhado o juízo perdido, o diabo que o homem não vê
No senado, espalhados rindo da sua cara, fodendo você outra vez

Chega o desespero
Exala o seu cheiro
Mostra a desgraça
Rasga o seu peito

Vem o desespero
Te tirar de casa
Arranca suas atas
Ergue o seu queixo

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