Anônimo
Falsos poetasCompactuam com o sistema,
Sempre no mesmo esquema nojento, grotesco,
Troca-troca de favores, show de horrores, preso é solto,
Falta de decoro em Brasília, greves em todo lugar, que
Eles fecham os olhos ou fingem não enxergar...
e o que eu vejo no jornal,
“A bolsa subiu, a bolsa caiu”, tanto faz, não entendo mesmo merda nenhuma.
Eu to aqui pra lutar, Eu to aqui pra gritar, eu quero ver agora quem vai me calar...
Eu não vou me render, eu não vou me entregar,
Não quero ser Rock star, quero apenas falar...
Não lute pra sobreviver, lute é pra você viver,
Lute enquanto puder, lute enquanto andar,
Lute enquanto respirar, lute até cansar de lutar...
Luto de luto pela democracia
Pois ela nunca existiu...
Não sou de esquerda, de direita e eu não tenho nação,
Sou um homem a espera de uma revolução...
Que nunca aconteceu.
Não quero ser Che Guevara, Gandhi, ou Martin Luther king,
Não quero nome em livro de história, isso não interessa pra mim.
Não quero ser mais um mártir que apanhava calado...
Eu sou só mais um anônimo andando ao seu lado.
Eu não sou superman pra agüentar bala de canhão,
Calibre 12, 45 ou” três oitão”
Mas vou pra linha de frente, sem medo de cara feia,
E quando fogo chegar, que seja a ultima centelha...
Eu to aqui pra gritar, Eu to aqui pra lutar, eu quero ver agora quem vai me calar...
Eu não vou me render, eu não vou me entregar,
Não quero ser Rock star, quero apenas falar...
Não lute pra sobreviver, lute é pra você viver,
Lute enquanto puder, lute enquanto andar,
Lute enquanto respirar, lute até essa guerra acabar...
E o homem de 9 dedos é mesmo cara de pau,
Me deixou com tanto nojo que eu até passei mal ,
Ironia do destino, hipocrisia, covardia, regalias,
Escolha o motivo principal...pra esse “puteiro” geral,
Mas temos o carnaval, nem preciso repetir
Que falta hospital.
Mas o futuro já chegou, tua filha engravidou,
Mas nem tem doutor pra fazer o parto normal.
Mas depois de tudo, ainda temos o Maluf
Chamem ele e sua corja de astutos bunda sujas.
Pra cuidar de tudo o que sobrou...
Nem vou falar da copa que pode até dar morte.
Enquanto a bola corre, o povo só se fode,
E afunda no déficit global, a miséria era privada,
Agora é estatal.
Sem contar as cinco argolas multicoloridas,
que representam a entrada no mundo desenvolvido.
Nos arrastam pra debaixo do tapete,
Enquanto o gringo chega, carioca ta sem dente.
E você ainda acha isso bonito, até o seu pai virar um bêbado ou mendigo,
Mas a culpa não é só do sistema, é de você também
Que com ele é conivente.
O insucesso do progresso, faz conexão direta
Com a justiça cega, surda-muda e paraplégica,
Imunidade total, a cima do bem e do mal, engraçado que isso tudo
É inversamente proporcional.
O pobre rouba pouco e fica vinte anos preso, enquanto
O rico leva tudo, e não tem nem julgamento.
Protegidos pela Lei, amparados pelo poder,
Legislativo, judiciário, executivo só pra inglês ver.
E quanto mais eles têm, mais eles vão querer,
Sob essa lógica seguem a vida até morrer.
Mas deixam suas sementes, andando entre a gente,
Populações carentes, quanto mais miseráveis melhor.
Mais fácil de comprar, e de impressionar
O bolsa família ta ai pra comprovar,
Eu to aqui pra lutar, Eu to aqui pra gritar, eu to aqui pra minha mensagem espalhar...
Eu não vou me vender, eu não vou me entregar,
Não quero ser Rock star, quero apenas falar...
Não luto pra sobreviver, eu luto é pra você viver,
Luto enquanto eu puder, luto enquanto eu andar,
Luto enquanto eu respirar, luto até essa guerra acabar...
O dinheiro há muito tempo é a libido do bandido,
Vestido de terno italiano se disfarça,
No meio dos comparsas semi-analfabetos,
Honestidade é uma palavra que nunca aparece,
Dignidade, não sabem nem como se escreve.
E todos repetem:” O problema é a educação.”
Me diz uma mente brilhante que saiu do Brizolão.
Você “classe-média-operário” fica puto
Quando é roubado, por um “crackudo” imundo,
Dejeto da sociedade, só mais um filho da pátria, abortado.
Julgado e condenado antes de nascer, exilado no asfalto depois de crescer...
É, a nona sinfonia nem é mesmo tão bonita
quando você vive a vida por um prato de comida.
De Adam Smith ao manifesto,
De Juscelino a Carlos Prestes.
Da falta de identidade do país.
E o cidadão covarde, vivendo numa miragem,
Sonhando em um dia ser feliz.