Fantoche nobre

Serpente

Fantoche nobre
Posso falar de sexo
Inventar o meu próprio tormento
Esquecer velhos gostos
Abusar de muitos transtornos
Parir esperanças para um envelhecido povo
Ser fala da não sobriedade

Só não devo cruzar os braços
E calar sem consentir
Só não devo fechar os olhos
E omitir

Posso beijar bizarrices
Esmagar cabeças reaças
Não ponderar limites feitos
Procriar mais um pouco de raiva
Ter a soberba como o sol
Bramir vaidades
Não acreditar em honestidades

Só não devo cruzar os braços
E calar sem consentir
Só não devo fechar os olhos
E omitir

Vesti o mundo com rastejo de serpente

Só não devo cruzar os braços
E calar sem consentir
Só não devo fechar os olhos
E omitir

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