Farpa xxi

Espírito misantropo

Farpa xxi
Desgosto de pertencer a uma raça tão animal Que se julga tão racional,
Sou discípulo de uma geração que enxerga muito mais além,
Tal sistema não me convém, pura carnificina nos olhos dos homens
Que regem a dominação e a exploração de sua própria raça,
Sangue, origem e não há compaixão.

Espírito misantropo que nasce nos filhos da dor,
Surge no peito a ira e aversão à raça que sou. (2x)

A onda tende a crescer em volume descomunal, abalando o dito normal,
Reação de uma classe que vive oprimida e não rende-se a ninguém.
O que é ser alguém neste mundo de pragas, de "gato e rato", vampiros,
Corrupção? É alienação, é só "ter ouvidos", baixar a cabeça e escravidão.

Apenas sentir o gosto da vida vivida com cor,
Só a passagem de ida e distância deste complô. (2x)

Não existe mais nada aqui que me faça querer parar,
Que me faça renunciar uma vida livre, de escolhas,
Caminhos que não vão me reprimir, meu "eu" decreta o fim
Deste pacto maligno, unilateral, de postura social um tanto quanto mortal
E é desta forma que penso, que vivo e estarei no final.

Desgosto de pertencer!
Abalando o dito normal!
Não existe mais nada aqui!

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