Fecaloma

O punk não morreu

Fecaloma
Guarnições blindadas
Invadem domicílios:
Barracos de madeira
Submoradias...

Armas atiram à noite
Espalham o cheiro da pólvora
Breves estalos sufocantes
Contra pessoas indefesas

Entre piadas e risos irônicos
A morte está presente
Torna-se fácil e fria rotina
Executar aquele muleque

Esse é o plano do Estado
Ninguém sabe, ninguém viu
Aqui é a terra dos cegos
Quem tem olho morre!!!

E o que restou
Foi a lembrança de coturnos
De cabelos estranhos
Dor e impunidade

Mas o punk
Não morreu!!!
O punk não morreu!!!

E a ordem estabelecida
Foi vigiada dia e noite
Mas como impedir
O protesto das sombras
Que toda hora trazem à tona
Memórias

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