Soneto do desapego
Feint Ágatha
Quando os olhos se abrem
Refletem felicidade
E tudo em volta
É ponto cego
Refletem felicidade
E tudo em volta
É ponto cego
Nesse nosso bom dia
Apenas sorria
Aí eu te prometo
Mais que um soneto
Ela não gosta de rima
Prefere a verdade
Mas, sem muita sobriedade
Não somos um do outro
Porque não sou objeto
Somos apenas... o incerto
Para que
Pensar tanto no amanhã?
Se um dia vem após o outro
O para sempre
Nunca existirá
Tudo tende a acabar
Mas enquanto tivermos um ao outro
Tudo só vai se intensificar
Não somos um do outro
Porque não sou objeto
Somos apenas... o incerto
Apenas...o incerto
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