Renato
Felipe viana reisVestem hoje a cor vermelha
Do sangue dos inocentes que vivem essa situação
Escravos do consumo de um produto
Que enlouquece e enriquece
Àqueles que de seu uso não fazem questão
Mas o bolso fala mais
Para eles tanto faz
Mais um vivo ou mais um morto
Tudo isso é porcaria
E pra quem está de plantão
Trabalhando como um cão
Sabe que a cada dia cresce
A guerra do pó branco da anemia
Os olhos queimam mediante à sedução
Isqueiro sempre aceso mantém viva a ilusão
Pistolas e morteiros denunciam a confusão
E todos os dias eles somam mais e mais corpos no chão
Daí eu te pergunto
Como pode um mundo desses
Manter viva minha chama de esperança
De que algum dia isso vá mudar?
Se hoje já não sei
Quem são heróis, quem são bandidos
Eu me sinto tão perdido nessa merda de lugar
E vejo nas crianças estampado o medo louco
De um dia se encontrarem com uma bala de fuzil
E daí eu me pergunto
Se alguma vez nesse mundo
Essa então chamada paz realmente já existiu
E relatos passam na televisão
Mais um pai de família no meio da confusão
Voltava para casa com uma sacola de pão
Encontrou o tiroteio na esquina com a Assunção
Seu filho ainda o espera com um brinquedo na mão
Fruto de trabalho honesto em um mundo sem perdão
Entrou naquela guerra com nenhuma intenção
E só pôde sair dela de carona em um caixão
Daí eu te pergunto
Como pode um mundo desses
Manter viva minha chama de esperança
De que algum dia isso vá mudar?
Se hoje já não sei
Quem são heróis, quem são bandidos
Eu me sinto tão perdido nessa merda de lugar
E vejo nas crianças estampado o medo louco
De um dia se encontrarem com uma bala de fuzil
E daí eu me pergunto
Se alguma vez nesse mundo
Essa então chamada paz realmente já existiu