Vintes e tantos anos
FernánPode ser que foi em vão
Todo acaso, se iludir
Por querer mais se aproximar
Só somos dois adolescentes
De vinte e tantos anos
Com toda chance de se perder
De se perder por toda vida
De se perder por toda vida
Por um querer prazer sentimental
Ou de segunda intenção
Aos contos de Caio Fernando Abreu
Às quintas de Julho, Quintana
Por um lado comovente
Por um brilho mais humano
Há tantas coisas para se fazer
Tantos segredos para se falar
Tantos segredos para se falar
Só quero só dizer
Que um dia após o outro dia é
Melhor como vier, acontecer
Em outras conversas dessas com você
E assim te convidar para outro café
E descobrir que eu estou no bem me quer
Para me tirar de mim, para o que der
Para te abraçar mais forte que eu puder
Não te soltar
Me fala sobre os seus planos
Os seus gostos mais estranhos
Sobre ficar e viajar, sobre você
Me fala e assim me chama
Do tanto que você gosta
De admirar as direções que vão além, do que pensar e sentir
Há um elogio a pretensão
Há uma forte impressão
Há um motivo para se pertencer
Como é possível de se acreditar
Que é bem melhor viver o dia
Que é bem melhor saber que um dia
Nós fomos fortes por assim dizer
Fomos felizes em algum lugar
Fomos felizes em algum lugar
Só quero só dizer
Que uma volta após a outra ida é
Melhor como vier, se conhecer
Em outras conversas dessas com você
E assim te convidar para outro café
E descobrir que eu estou no bem me quer
Para me tirar de mim, para o que der
Para te abraçar mais forte que eu puder
Não te soltar
Me fala sobre os seus planos
Os seus gostos mais estranhos
Sobre ficar e viajar, sobre você
Me fala e assim me chama
Do tanto que você gosta
De admirar as direções que vão além, do que pensar e sentir