Paradoxo
Fernandes
Quando se conheceu por gente
Sempre às margens da necessidade
Às vezes só, com muito à sua frente
Ficando velho junto com sua cidade.
Sempre às margens da necessidade
Às vezes só, com muito à sua frente
Ficando velho junto com sua cidade.
Nas ruas conheceu o perigo
À noite viu seu amor
Sem respeito e sem abrigo
N’um corpo quase sem pudor
A realidade chegava
Diante de sua visão
Às vezes sentia na alma
Um corte na vida o acalma
Existe um lado com menos
Desilusão.
Sentia que não era normal
Em seu mundo iria ser diferente
Dentro de sua pouca crença
Resistia e até pedia
Deus, não me deixe numa “rede”
Assistindo aos programas viciados
Da televisão.
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