Fernando tordo

O timorense

Fernando tordo
O timorense agarra na morte e faz um sorriso
O timorense agarra na fome e faz uma esperança
O timorense é o dono sorrindo deste chão que piso
O timorense agarrou em nada e fez uma dança


O timorense é o sonho para lá do possível sonhar
O timorense é mais do que deus tivesse inventado
O timorense é para lá de nós todos da terra e do mar
O timorense é o meu coração sem saber de que lado


O timorense é a madre cacau com três mares e montanha
O timorense é a escola queimada e a vontade de ler
O timorense é aquele que me agarra aquele que me apanha
O timorense é o que fez da morte um filho a nascer

O timorense é aquela criança sorriso e bola
O timorense é aquela velhota que me diz bom dia
O timorense é aquilo ao contrário do que é pedir esmola
O timorense é o tudo ao contrário daquilo que eu sabia

O timorense é quem sabe o mistério do que é ficar vivo
O timorense é é quem sabe o sorriso que vence a má sorte
O timorense não é folha solta é o próprio livro
Que ensina a distância que há entre o fraco e o forte


O timorense é o meu desatino na língua que canto
O timorense é a prova que existe bela sem senão
O timorense é a calma na dor e o silêncio no pranto
E sem saber o que hei-de dizer digo esta canção
E sem saber o que hei-de cantar digo esta canção.

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