A confissão
Filho do justoNa suave brisa de que tanto flutuei
Te procurei na esquina
Mas me envolvi com coisas que me fizeram não mais te procurar
Te procurei na firma cujo eu andava de cima
Do olhar cativante de quem nunca se amou
Do brilho do holofote, dos grave paredão
Por um momento até que eu me sentia bem
Fui no porre das de cem
Até encontrei de monte de quilo
Felicidade sem corte aqui constou
Ouvi falar de ti, nem botei fé
E a fé que tinha em mim, só tinha quando eu tava em pé
Vez em quando eu me encontro só
Entre quatro paredes ninguém pela meu semblante carente do que nem sei encontrar
A parte boa do mundo tá na sequela
É tipo banho de sol: A ficha cai quando você volta pra cela,
Quando o caneco seca, a solidão desperta e aquele ar de felicidade te abandona
Tento esconder o vazio que me assombra na roda dos amigos e nos “rolêzim” com as donas
E porque nunca tive as moda de entrar em sua presença
Ou ao menos agradecer pelo ar que eu respiro
E nos pente já provi bala, já dei tiro e tomei
Pensei um milhões de vezes antes de puxar o gatilho
Testei a fé de quem me ama e tanto falou do senhor
Eu sei que as oração na madruga adiantou
Não é fácil reconhecer que é falho e pecador
E o pior: Que eu mesmo sou a causa desta dor
Te peço até desculpa por chegar aqui assim
Pois já não reconheço o perfume da jasmim
Não tenho nem méritos pra estar diante de ti
Oh meu senhor Jesus, tenha compaixão de mim!
Eu te suplico, pai, por favor não esquece de mim
Pois sem ti eu não posso viver
Eu te suplico pai, eu te suplico pai
Por favor não esquece de mim
Pois sem ti eu não posso viver
Eu te suplico pai
Sei que a rua cativa, mas mostra a brisa nua
Acha que o tempo não passa, mas passa muita loucura
Surpresa! A vida é sua, então faça o que quiser
Só que nela se resulta consequência e muita fé
Pra se manter de pé, este é o destino
Instinto de sofredor, que tipo, esconde o sorriso
Quer saber quem eu sou?
Estampado em descrição, faço rap por amor, então essa é a missão
Fui buscar de precisão, revólver, tocar na cara
E mãe, peço perdão, esse sofrimento acaba
O crime vem e te estraçalha e tira proveito
Fim de carreira, vida “paia” é desse jeito
Eu te suplico, pai, por favor não esquece de mim
Pois sem ti eu não posso viver
Eu te suplico pai, eu te suplico pai
Por favor não esquece de mim
Pois sem ti eu não posso viver
Eu te suplico pai...
Te confesso oh senhor, todas as minhas iniquidades
Por várias vezes eu me afastei de suas verdades
Mas mesmo assim o senhor tem me guardado
Hoje vim aqui pra te pedir perdão
Te procurei onde jamais iria te encontrar
Experimentei prazeres que só o diabo pode dar
Maquinei o mal contra os meus próprios inimigos
Derramei muitas lágrimas ao invés de arrancar sorrisos
Ilusão foi tudo que encontrei
É, sonhava em um dia fazer meu pai feliz
Mas ilusão foi tudo o que eu fiz
Hoje eu entendo toda sua dor: Ver o filho perdido neste mundo de horror
Por isso, pai, eu te peço perdão
Essa é a minha sincera confissão
“-Aí, talvez faz um tempo que você tá tentando ficar perto de Deus, entendeu? Seguir os caminhos dele
Vamos te contar um negócio, “rapá”: O primeiro passo é você se confessar, você reconhecer
Não é “os humilhados que serão exaltados, e sim aqueles que se humilharem diante do Deus vivo"
Eu te suplico, pai, por favor não esquece de mim
Pois sem ti eu não posso viver
Eu te suplico pai, eu te suplico pai
Por favor não esquece de mim
Pois sem ti eu não posso viver
Eu te suplico pai