Ao contrário
Filho primogênitoPapel caneta na mão
Essa e mais uma letra
Não e mais o sonho que cantei
Agora e real
Aconteceu mas uma vez
Vento e furacões
Derrubam os barracos nas favelas
Incêndios tomam conta
Consomem as tabuas
Que queimam o suor
Do trabalhador
Que lutou até umas horas
Agora veja o que conquistou
Uma pá de cinzas
Vai vendo como é
Agora em outro estado
A lama da no pé
A aguá atravessou o limite
A chuva foi tão forte
Que subiu o seu nivel
Varios desbrigados ali estão
Sem saber o que fazer
Olhando para o chão
As lagrimas se misturam
Com o rio da solidão
Pra construir e dificil
Se não tiver ajuda ai e zica
Reintregração de posse meu irmão
Já vai você arrumar as malas
Pra voltar dormi no chão
Oque que e isso que ta acontecendo
Quando você tenta se levantar
Esse veneno
Ta destinado
Quero saber qual e que e
Você passar o dia inteiro
Só com um copo de cafè
Tiozão cê quer oque
Você quer que ele vá sorrir
Hoje não firmão
Deixa pra outro dia
Na madruga eu vejo todo mundo
Ninguém me ver
Tò dentro do carro com o vidro fumer
Parado logo aqui
Na esquina de plantão
São paulo mó friu
Mesmo com dois blusão
O telefone toca
E meu irmão
Que ta chegando de viagem
No buzão
Desce respira
Coloca as malas no chão
Estica os braços
Acena com a mão
No mesmo instante ta chegando
O mano de osasco
Veio representar
A idea aqui e forte
O grupo do whatsapp
Ta orando pra valer
Consagração jejum
Tudo por você
Eu tenho que fazer as coisas
Para os outros
Como se eu estivesse
Fazendo para elas mesmas
Porque pra mim eu faço
De qualquer maneira
De qualquer jeito
Ai não dá
Deus e mais