Sol de meio dia
Filipe mulim
Andei na rua com o sol de meio dia
Tava tudo claro mas ninguem me via
Todos pisavam no meu pé como doia
Tava tudo claro mas ninguem me via
Todos pisavam no meu pé como doia
Então virei a esquina após a padaria
Podia ter sido uma bela moça que me sorria
Mas foi uma velha tosca de tabacaria
Segui pela rua ainda no sol de meio dia
Senti algo na perna um cachorro me mordia
Meu sangue escorrendo mas ninguém acudia
Subi o morro já sem o sol que ardia
Mas com a ferida no pé que se abria
O sangue escorrendo eu ainda sentia
Então cheguei em casa cansado daquele dia
Meus cães fedendo e cheios de alegria
Vieram e me saudaram sem valia
Entrei em casa enquanto um deles latia
Nem dei atenção aquele momento de histeria
Logo eles que se esforçaram para salvar o meu dia
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