Vistando serra e coxilha
Floreio nativoDe madrugada cuia, bomba e a cambona
Esquento o peito pra "guentar" o frio lá fora
E rompe aurora pra esporear uma redomona
Um quero-quero que faz ronda no seu ninho
Pois no caminho só o silêncio me golpeia
Vou paleteando o orvalho da manhã
Pra um tarumã me abrigar "das coisa" feia
Olho o horizonte despejando um aguaceiro
Vejo um pinheiro cerne xucro deste chão
(A gadaria pega o rumo e se boleia
Quando incendeia de amor meu coração) ( )
A passarada revoando sobre as casa
Batendo asas enfeitando o céu azul
Talvez não saibam que seu canto é beleza
Pra natureza que engrandece o pago sul
Quem ama a terra como ama a própria vida
Sabe da lida porque nela se criou
Num gesto simples de lutar pela querência
Tem a certeza de colher o que plantou
Olho o horizonte despejando um aguaceiro
Vejo um pinheiro já encharcado de pinhão
A gadaria pega o rumo e se boleia
(Quando incendeia de amor meu coração) ( ) ( )