Civilização
Forrozão sela rasgadaFui visitar meu sertão que nasci e fui criado
Achei tudo diferente daqueles anos passado.
Hoje choro e lamento botei a culpa no tempo por ter sido encarregado
Chegando em casa encontrei uma civilização
Em uma mesa bonita tinha uma televisão
De tanta saudade choro do lugar do oratório que mãe fazia oração
Não achei o lampião que pai a noite acendia
A lata de querosene enferrujada e vazia
É de cortar coração desprezar um lampião por causa da energia
O pote de água fria "trocaro" por geladeira
Não tem aquele gostinho da aguinha da biqueira
Água e trazida de carro sumiu o pote de barro feito por Rão da loceira
Não achei mais a chaleira que mãe fazia o café
E nem o chifre do boi que pai botava o rapé
Hoje tudo " ta mudado" o povo civilizado se vê não sabe o que é
Não se vê mais o trupé dos burro nos tabuleiro
Nem o chiado do reio faz burros andar ligeiro
Essa é a pura verdade hoje só resta saudade no coração do vaqueiro
Essa é a pura verdade hoje só resta saudade no coração do vaqueiro
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