Caixas da malidicência
Francisco galarretaPensei na vida e em tudo que me rodeia
Tudo me falta, até a hora de acordar
a gente vive em caixas de maledicência
A cidade não me atrai, ela distrai
Distúrbios alheios, felicidade emprestada
'Amar ou depender' as pessoas costumam ler
E eu só quero caminhar na beira da estrada
É tão difícil encontrar paz nos jornais
Nas revistas e no seu olhar
É tão difícil encontrar teu nome
No meu sorriso e no meu telefone
É tão mais fácil sair para algum lugar
E escrever sobre doença e fome
É tão mais fácil poder te abraçar
E amanha esquecer teu sobrenome
Estive pensando muito hoje
Caminhei sobre as pedras e nadei na praia
Tenho tudo que preciso, até chegar o vento norte
A dependência é o que nos mata
A arte da insurreição acontece o tempo inteiro
Seja no jogo, dinheiro ou amor
Talvez amanhã as pessoas entendam
O valor que tem o pôr-do-sol
É tão difícil encontrar paz nos jornais
Nas revistas e no seu olhar
É tão difícil encontrar teu nome
no meu sorriso e no meu telefone
É tão mais fácil sair para algum lugar
E escrever sobre doença e fome
É tão mais fácil poder te abraçar
E amanha esquecer teu sobrenome
Sair para algum lugar
Escrever sobre doença e fome
Poder te abraçar
E amanhã esquecer teu sobrenome