O samba no burocrata
Gabriela dotiEsta singela bagatela de negocio popular
Ele tirava um raio x da minha face impopular
Enquanto eu gesticulava com a fé que só Deus pode me dar
Quem gosta de samba é meu vizinho
Quem gosta de samba é trovador
Quem gosta de samba é meu vizinho
Quem gosta de samba é trovador
Assim dizia o burocrata com a falácia de um doutor
E o olho fixo ritmado acelerado no seguinte trovador
Dancei um tango, um bolero e até um rock’n’roll
Ele me olhava impaciente e repetia, por favor, oh meu senhor
Quem gosta de samba é meu vizinho
Quem gosta de samba é trovador
Quem gosta de samba é meu vizinho
Quem gosta de samba é trovador
Saindo de fininho
Cabisbaixo, sorrateiro, velho chato!
O que é que eu vou falar?
Se eu disser que acho que não!
Se eu disser se
Melhor que não ficar calado sem dinheiro pra sambar
Sem a maria? Sem a alegria?
Do ganha pão de cada-a-dia e da folia?
Seu burocrata, cê quer saber?
Seu burocrata, ‘cê quer saber?
Ah, seu burocrata
Quem gosta de samba sou eu vizinho!
Quem gosta de samba é meu amor
Quem gosta de samba sou eu vizinho!
Quem gosta de samba é meu amor
Foi no barzinho da esquina com a Maria que ele concordou
Mais um chopinho bem gelado, seu garçom, desesperado ele argumentou
Com a gravata afrouxada nervosinho intensamente confessou
Enquanto olhava fixamente pra patroa daquele trovador
Que gosta de samba também vizinho
Eu gosto de samba, ah, sim senhor!
Que gosta de samba também vizinho
Eu gosto de samba, ah, sim senhor!
Ah, vem pra roda
Eu disse que gosto de samba, eu disse!
Eu disse que gosto de samba, sim…
Eu disse que gosto de samba, eu disse!
Eu disse que gosto de samba, sim…
Eu disse que gosto de samba, eu disse!
Eu disse que gosto de samba assim