Elo da corrente
GalocantôSe faz nas rodas de bamba
Onde se fala de tudo um pouco
Se aprende um novo samba
Segue-se a filosofia
A de quem sabe é quem diz
Não se admite ironia na roda
Nem desrespeito à raiz
O terreiro se enche de luz
Pra amenizar os horrores
Frutos de uma violência
Pela inversão dos valores
Mesmo estando oprimido
O bamba dá um outro sentido
Mostra a sua irreverência
Nos versos de um partido
Lá também se comenta a política
E se vê que o descaso é geral
Na falta de consciência
Das rodas que fazem o Planalto Central
Me orgulho de ver essa gente
Que mantém o prazer de cantar
Demonstrando que o elo da nossa corrente
Vai ser ruim de quebrar
Se canto um samba de amor
Pra levantar o astral
Se canto um samba em louvor
Falando dos ancestrais
Se canto um samba na dor
Pra aliviar nossos ais
Se cantar samba é assim
É sempre um canto de paz
Se canto um samba de amor
Pra levantar o astral
Se canto um samba em louvor
Falando dos ancestrais
Se canto um samba na dor
Pra aliviar nossos ais
Se cantar samba é assim
Quem canta samba tem paz
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