Galvão

Cadê o meu parceiro

Galvão
Onde estás que não respondes?
Gritaria não sei de onde
Pra saber do meu parceiro
Que anda meio esgueiro
Sumiu, decerto, sem rumo
Esbarrando no seu sumo
De melodias, num sem-fim
Desde a mente até o seu rim

Mas não deixo o tal tranquilo
Volto sempre a lhe bulir
Relembrando o seu vacilo
Nas promessas de servir
Rogo, então, o sacrifício
De rever cotidiano
E amparar um estrupício:
Eu, o comparsa mundano

Os alfarrábios lhe dirão
Que há muito o que se fazer
Na platéia há muita sede
Não se deite em vão na rede
O pinho enlace, a descrever
A criação de um turbilhão...
A miúde, tô vivo. Saúde!

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