Tipo mercedita
GalvãoEssa mulher: Força de um trem
Ainda bem que aqui no centro-oeste
Se veste até no armazém
Amando e não sobra ninguém
Olha o luar
Arruma seu cabelo no rio da prata
Pra noite se admirar
Amando e brigando incansavelmente, tão briosa
Essa mulher se debulha em dor
Com seu sorriso lindo feminina
É dançarina de pisa na fulo
Sozinha abaixo do equador
Mas quem é mesmo toda essa mulher?
Ela é aquela que no cabaré
Dança o chamamé! Dança o chamamé! dança o chamamé!
Amando até quando não fizer sentido cor-de-rosa
Essa mulher é religião
Quanta aventura pela noite escura
Esconjura, solstício de verão
Jogado no seu coração
Olha o café
Daqui da fronteira, água na chaleira
A fumaça é de mulher
Amando e chorando e não fizer sentido, toda prosa
Essa mulher é um rouxinol
De sol a sol por esse arrebol
Sonhando sozinha embaixo do lençol
É mercedita em sol bemol
Mas quem é mesmo toda essa mulher?
Ela é aquela que no cabaré
Dança o arrasta-pé! Dança o arrasta-pé!