Galvão

Valsa rendeira

Galvão
Numa renda muito limpa
Costurei teu lindo nome
Sou tua mulher rendeira
Me ensinaste a namorar
Me pego a soletrar
O pano sempre que somes

Tateando no bordado
Meus olhos nos fios molhados
Sei são fibras resistentes
Poteando minha dor
Há sempre uma agulha
Em nosso amor

Hoje vejo minha caligrafia verde
Estampada no tecido
Adormecido pela sede

E pra alegrar meu coração
A toalha tatuada de saudade
É uma bandeirola de São João

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