Diario de guerra
Garage 115Verde da esperança
É a farda em meu corpo
Amanha posso estar morto
Sem saber porque lutar
As medalhas no peito
São sinais de respeito
Revoltas na solidão
Ao ver inocentes no chão
Vivendo os meus dias
Sem ter uma razão
Dias após dias
Vidas tiradas em vão
Querendo liberdade
Não tendo mais que lutar
Quando isso vai acabar
Lembro da minha família
Tudo que deixei pra trás
Na esperança de um dia
Voltar e viver em paz
Hoje a noite esta feia
Faço minhas orações
Ao ver famílias destruídas
Pela armas e canhões
Honrando suas bandeiras
Sem ao menos questionar
Feitos máquinas humanas
Programadas a matar
Marchando para a morte
Peço a Deus me acompanhar.
Quando isso vai acabar
Nesta guerra os homens não parecem ter coração.
Matando uns aos outros por apenas obrigação.
Aqui estou e também tenho de lutar.
Famílias destruir, mas espero que possam me perdoar
As cartas que escrevo me fazem sentir contigo.
A felicidade já não anda mais comigo.
Aqui até a sombra se torna inimigo.
Quando as cartas chegarem as suas mãos talvez eu não
esteja mais vivo.