O bom infante
Gilgil l. tejoQuero casar e ser fiel, morrer e ir pro céu
Tirei boas notas e não colei
Só eu estudei, e não soprei para ninguém
Dissertação no caderno clara, objetiva e bom tom
Diferente do jornal, apelativa e marrom
Nunca desejei mal ao próximo
Vou abrir um negócio, um negócio próspero
Não mamãe, não me deixe aqui, tão castigado
Eu sou um bom infante, eu sou bem comportado
Você que me diz que sou sangue do seu sangue
Não mamãe, não me deixe assim, tão castigado
Eu sou um bom infante, eu sou bem comportado
O seu feliz dia das mães também depende de mim
Eu nunca olhei para as pernas da Ana Hickmann
Não colei a peruca da vovó, andar na linha não dói
Os indolentes merecem proteção, conforto e bom ninho
Sem desviar o caminho
Com pouco recurso, o que não falta é fé
E bebida quente, que é só café
Nunca empurrei nem deixei cair uma velhinha
Naquele dia ela caiu sozinha
Nunca joguei água nos delinquentes da frente
Só uma vez, mas foi acidente
Não mamãe, não me deixe aqui, tão castigado
Eu sou um bom infante, eu sou bem comportado
Você que me diz que sou sangue do seu sangue
Não mamãe, não me deixe assim, tão castigado
Eu sou um bom infante, eu sou bem comportado
O seu feliz dia das mães também depende de mim