Gilliard

O homem da obra

Gilliard
Ele espera a semana inteira
Pela sua primeira vez
Para se encontrar com ela

Poe a sua roupa mais bonita
Ele sonha e acredita
Que vai ser feliz com ela

Doido pra sentir seu gosto de hortelã
Grudado no seu corpo
Agarrado igual a um collant

Homem puro que trabalha tanto
Você é tão importante
Pro futuro de um país

O homem da obra se comove
Quando o coração resolve
Ao amor se entregar
Ele fica apaixonado esquece a obra num instante
Com ddireito a namorar

Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Que a força divina
Também vai te iluminar

Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Tá na hora de trabalhar
E você tem que voltar

Lálálálá

O seu coração já em pedaços
Pó, tijolos e buracos
Se confundem em sua vista

Quando ele prepara mais um traço
Sem dores pelos braços
Que passam com o passar da vida

No aindaime ao sabor do vento
Ele chapisca com cimento
A parede e pensa nela

Quando vira a massa para a lage
Surge como por miragem
Na poeira o rosto dela

O homem da obra se empolga
Quando chega sua folga
Ele quer se libertar
Num abraço apertado esse homem empoeirado
Bem merece namorar

Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Que a força divina
Também vai te iluminar

Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Tá na hora de trabalhar
E você tem que voltar

Lálálálá

Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Que a força divina
Também vai te iluminar

Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!

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