Meninos de rua
Glicéria m. almeida alvarenga (célia)São crianças que nunca tiveram carinho
Se expondo aos perigos e as tentações
São crianças que lutam em busca da sobrevivência
São partes ou vítimas da violência
Talvez por não terem outras opções
São crianças que nunca tiveram infância, nem medos
Que usam as armas como seus brinquedos
Que disputam na briga um pedaço de pão
E bem cedo já são integrados a marginalidade
Se tornam nocivos a sociedade
Perdidos em meio à prostituição
Eu queria revestir meus braços com aros de aço
Poder abrigá-los dentro de um abraço
Levá-los de volta ao caminho do bem
Ensinar-lhes amor e respeito por seu semelhante
Mostrar-lhes o quanto a vida é importante
Provar-lhes que podem contar com alguém
Mas eu sinto meus braços tão frágeis contra a correnteza
Minha voz soa fraca não emite firmeza
Sou tão pequenino dentro da multidão
E assim como tantos assisto a essa decadência
Tentando ignora a minha consciência
Que insiste pra que eu tome uma posição
Ah!ah!
Que insiste, que insiste, que insiste
Por uma posição
Ah! Ah!