Tempos que o tempo levou
Glicéria m. almeida alvarenga (célia)Vai levando tudo e deixando pra trás
Transformando em saudade, em lembranças
Tantas coisas boas que não voltam mais
Que saudade dos tempos de infância
Daquela inocência que o tempo apagou
Que saudade daquela ternura, daquela candura
Da criança pura que jamais voltou
Que saudade da adolescência
E da incoerência que o tempo levou
Que saudade de algumas paixões
De tantas ilusões que o tempo carregou
Que saudade eu sinto dos sonhos
Que eu construí e o tempo desmanchou
Que saudade eu sinto dos tempos
Que o tempo levou
Mas o tempo é tão forte, indomável
Eu lutei contra ele, eu fiz tudo o que eu pude
E outra vez o tempo me venceu
E acabou por levar a minha juventude
E com ela levou meus projetos
Levou tantos planos, tantos ideais
Que saudade eu sinto dos tempos
Que o tempo levou e que não voltam mais
E assim vou seguindo com o tempo
Sem alternativas, pois ele me disse
É inútil lutar contra mim
Vou levá-la de encontro a sua velhice
Até onde eu não sei
Até quando eu não sei
Sou apenas o tempo que Deus determina
Pra você sou tão forte, invencível
Mas diante de Deus sou tão frágil, sensível
E só ele decide onde o tempo termina