O mendigo
Glicéria m. almeida alvarenga (célia)
Adormecido ao relento
Exposto a chuva, exposto ao vento
Indefeso contra o frio, contra as mudanças do tempo
Indiferente ao perigo
O céu aberto é seu abrigo
O chão duro é seu colchão
Cobertor de papelão
Exposto a chuva, exposto ao vento
Indefeso contra o frio, contra as mudanças do tempo
Indiferente ao perigo
O céu aberto é seu abrigo
O chão duro é seu colchão
Cobertor de papelão
Penso se guardas na mente
Uma lembrança, uma saudade
Ou uma mágoa que te fez
Perder o orgulho e a vaidade
Ou foi falta de carinho
De um apoio, de um abraço
Ou talvez de um objetivo
Pra direcionar teus passos
Todos passam e nem te olham
Ou te olham, sem te ver
Seu olhar busca o vazio
Fingindo nem perceber
E caminhas sem destino
Perambulando a esmo
Vestido em seus velhos trapos
Pra se esconder de si mesmo
Mas por trás de tudo isso
Sei que tens um coração
Onde guardas um segredo
Uma história, uma paixão
Que o levou a se isolar
Dos parentes, dos amigos
Preferindo se esconder
Nas vestes sujas de mendigo!
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