Golgotha
Golgotha
Eles pisaram em cima dele.
Eu não quero pisar também,
já perfurei seu corpo com meus pecados.
Eu não quero pisar também,
já perfurei seu corpo com meus pecados.
Coroado com espinhos,
lavou com seu sangue a todos nós.
Tornou a morte em vida água em vinho.
Cravado pelos membros,
pregos perfurando o próprio Deus.
Sofrendo em silêncio...
Cordeiro abusado pelos chacais.
O homem dançou cegado.
Não percebeu que estava do lado errado.
No meio do fogo cruzado entre Deus e o diabo.
Mas o ópio durou pouco.
O céu começou a enegrecer.
Brotava medo na alma do homem.
Olhando o corpo morto,
na retina de Deus o homem se enxergou.
Viu o quanto era grande sua embriaguez.
Da dança para o pranto -
percebeu seu erro e se arrependeu.
E disse pro diabo: "eu não quero mais".
E no seu novo canto o homem parou calado.
Percebeu o quanto ele estava desviado.
De repente acordado, antes estivesse do outro lado
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