Grená

Xote

Grená
Debaixo do viaduto
Canto escuro, passo bruto
Lágrima em cada passada

Desencontro conhecido
Um beco quase esquecido
Agonia empesteada

Um caminho estreito
Me encolhe o peito
Um amor desfeito

Rotatória de ideias
Um aperto na traqueia
Engolir a solidão

Um silêncio na sarjeta
A cidade branca e preta
Urbaniza o coração

Avenida inteira
Vida de ladeira
Vira a sinaleira

Cimentando a fantasia
Sob angústia e nostalgia
Dá-se um jeito de levar

Só me resta o passo reto
Se na selva de concreto
Não se pode mais sambar

Sobe o elevado
O certo e o errado
Salvo e censurado

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!