Samba-enredo 1985 - o sonho nosso de cada dia

Num imenso manto
Morfeu me envolveu
E me convidou para sonhar
Navegar num barco de ilusão
Pra viver o irreal
No país do ideal
Sombreado cheio de água cristalina
Com a paz banhando todo o rincão
Onde tudo é fantasia
E na ciranda se decanta ilusão

No carrossel do tempo
Me enrolou como um peão
Girou, levou de volta
Ao sonho minha ilusão

No carrossel do tempo
Me enrolou como um peão
Girou, levou de volta
Ao sonho minha ilusão

Em devaneios
Minha roleta não parou mais de girar (de girar)
Fiz quinada, pichoteca
Com os 13 da loteca
Muitas águas vão rolar
Tendo grana, tendo glória
Tendo fama
Todas as portão agora vão se abrir, eu sei
Neste mundo onde só vale quem tem

Eu vou gozando das delícias como um rei
Eu vou gozando das delícias como um rei

Mas a noite termina
O galo canta e o relógio me desperta
Volto a ser um vagabundo
Esmagado pelo mundo
De fome e inflação
E a cada dia
Nos envolve e nos oprime
E nos prende em seus grilhões

Vamos à luta com o Sossego
Para defender o pão
Nosso sonho em cada dia
Se transforma em ilusão

Vamos à luta com o Sossego
Para defender o pão
Nosso sonho em cada dia
Se transforma em ilusão