Samba-enredo 2007 - etâ cafezinho bom
Gres infantes da piedadeCom sabor de poesia
Puro encanto e magia
A história que "o Infantes" vem cantar
Em um "cajado floresceu"
Lá na Arábia cresceu
Cheio de bom paladar
O tempo, o vento soprou
E a herança semeou
Fez escola, e a cultura germinou
Oi, olha o café no bule, ô...iáiá
Tá na mesa, eu te convido prá provar
É quente como show da bateria
O cheiro do café está no ar
E assim, em terras brasileiras,
Onde tudo que se planta, dá
O negro, o índio e o imigrante
Fizeram essa riqueza se alastrar,
Bancando as mordomias da nobreza
Ao "Ouro Verde", o leite foi se misturar
Feitiço, carioca, sorvete, gelado
Amargo pró "bebum", afasta o mau olhado
Esse é o negro, é internacional
Essa delícia nasce lá no cafezal
Se a lua vem clarear,
E brilha no meu olhar... Clareia...
Roda o moinho sinhô, mão de pilão, ô sinhá
Essa energia aquece o meu coração
Eta! Cafézinho bom!!!
Num grande arco-íris residia
Conta a lenda que este Ser celestial
Da terra, sete estátuas criou
E a uma delas deu-lhe a vida e batizou
Kaiara o guerreiro, à Aratan foi confiado
Rebelde, foge em busca de aventura em outros mundos
No fundo do mar, conhece Lumiar
E a beleza da Sereia o toca fundo
O índio declara o seu amor
Ô Ô Ô Ô
A Sereia Lumiar
E quatro filhos esse amor vem coroar
(E a ira)
Mas a ira tomou conta de Oruam
Que separa em quatro ventos Aratan
As águas do mar ele prende num globo
Blocos de terra a dividir
Assim os Continentes vão surgir
Porém, a vingança maior
Caiu sobre o casal apaixonado
Destino de viverem separados
E nunca mais se encontrar
Guaracy bola de fogo, é o sol
Jacy bola de prata, a lua
Os filhos formam as quatro estações
Assim foi feito, Oruam foi quem criou
Na virada do milênio o Infantes vem mostrar
Que o poder da natureza não se pode dominar
É viver feliz a vida, prevenir e preservar
Só temos que aprender o que o Índio tem a ensinar