Gaiteiro das madrugadas
Grupo cordionaGaita no peito e pilchado até os dentes
Nas madrugadas o meu tranco fandangueiro
Balança o corpo e o coração da minha gente
Se pucho o fole a pionada se alvorota
Se abro a guela a sala se enche de festa
Eu sou campeiro e trago o brasão do rio grande
Que é minha marca gravado na minha testa.
Eu sou campeiro e trago o brasão do rio grande
Que é minha marca gravado na minha testa.
Esse é o meu destino
Jeito campeiro de alegrar a gaúcha
Animar fandango
Por esse mundo gaiteiro das madrugadas
Por isso mesmo sou herdeiro de uma raça
Forte e valente que honra o fio de bigode
Tenho orgulho em ser gaúcho e ser gaiteiro
É dom divino não é pouco é pra quem pode
Pelos fandangos não me mixo e não me afroxo
Rasgo o bacheiro se o buchincho é de primeira
A gaita velha se acomoda no meu colo
Fico pitoco de tanto tocar vaneira.
A gaita velha se acomoda no meu colo
Fico pitoco de tanto tocar vaneira
Trago a pureza em cada rima do meu verso
E minha história começa na inspiração
No jeito simples de enchergar a minha terra
Bombear a pampa com os olhos do coração
De sul a norte sobre a quincha dos galpões
Minha cordeona me acompanha noite e dia
Em cada nota é o meu rio grande que canta
Floreando rimas de a cavalo na poesia
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