Grupo engenho

Braço forte

Grupo engenho
Corre rápido, lento
Eu sinto o acalanto
No passo, compasso, pranto
Do vento, livre do canto

Caminha ou não definha
Sua sorte de rapina
Se é que existe sorte
Que faça com braço forte

Homem do planalto
Volney Firmino

Lá vêm o homem no carro de boi
Cruzando a estrada no planalto
Rasgando o mato cortando a madeira
Sobe a poeira desce o pinheiro

Canga suada chicote no lombo
Roda chiando, roda chimarrão
Mão calejada de tanto trabalho
De sofrimento pra ganhar o pão

Acorda de madrugadinha
Pega o caminho pensando na vida
E à tarde volta cansado e sozinho
Na vidas dura se foi mais um dia.

E assim vive o triste boiadeiro
Num dia a dia tão difícil
Sempre sofrendo, mas nunca chorando.
Cumprindo a vida que Deus lhe deu.

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