M'boitatá
Grupo entrevero serranoMas era um fogaréu só corcoveando, chispiando pelo campo
Mas era um fogaréu só corcoveando, chispiando pelo campo
Me disse um tropijeiro conhecedor tapejara
Lhe juro viu acordado era um boitatá a cobra grande
Lhe juro viu acordado era um boitatá a cobra grande
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá
Um dia garrou comer zóio das "carniça"
Tomou gosto e passou a comer então o dos bichos vivente
Tomou gosto e passou a comer então o dos bichos vivente
Cada olho que comia continha um réstia de luz
Do ultimo por de sol que o olhar havia visto
Do ultimo por de sol que o olhar havia visto
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá
Quando se come uma bóia a sustância fica no corpo
E a pele lisa da cobra aos pouquitos ficou transparente
E a pele lisa da cobra aos pouquitos ficou transparente
Refletindo um naco de luz dos mil olhos que havia comido
E se tornou uma bola de fogo corcoveando, assombrando o campo
E se tornou uma bola de fogo corcoveando, assombrando o campo
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá
Por isso quando avisto um boitatá em noite breu
Desato o laço dos tentos a argola riscando o chão
Desato o laço dos tentos a argola riscando o chão
Até que a noite termine e a manhã leve a escuridão
E deixe eu seguir pelos caminho de meu Deus
E deixe eu seguir pelos caminho de meu Deus
Não sei se vi acordado ou se vi ainda dormindo,
Mas era um fogaréu só corcoviando, chispiando pelo campo
Mas era um fogaréu só corcoviando, chispiando pelo campo
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá
Êra, êra um boitatá êra, êra um boitatá (bis)