Guinga

Baião da guanabara (por trás de brás de pina)

Guinga
Aguenta a mão que eu tô levando a guanabara
Carrego as águas da baía num baião
Chora mais não que o teu sertão vai virá praia
Vai ter catraia navegando a solidão.

Eu tô levando o céu do rio
Tô levando o mar
Tô levando o pão de açúcar pra seca adoçar.

Tô levando o meu delírio
Pra gente calar
A boca que o destino quis escancarar

Pra me provocar
Só pra me provocar

Não se atormente eu tô levando a carioca
Pouco me importa o peso do meu coração
Quando eu chegar o chão rachado a gente troca
E bota tudo ladrilhado no sertão.

Eu tô levando um som do rio
Tô levando o ar
Tô levando um samba enredo pro teu boi bumbá.

Tô levando um desatino
Pra tampar o sol
Com a peneira que o destino quis furar

Pra me provocar
Só pra me provocar

Tô carregando o redentor no meu repente,
Não banca a tonta não me conta pra ninguém.
O corcovado vai ser no quintal da gente
Tanta promessa assino em baixo e digo amém.

Sertão na guanabara
Sertão na carioca
Sertão no fim da praia
Sertão no meio do mar...

A guanabara seca
A carioca certa
A praia tá deserta
Quem seqüestrou o mar?

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