Cadê tua razão?
Cadê o teu salário?
Tá no bolso do patrão
Onde está o teu trabalho?
Já vetaram teu projeto de viver
Diga o teu endereço
É uma cama de jornal
Sob o teto de estrelas
Sobre o solo nacional
Onde está a tua casa?
Já roubaram teu direito de morar
Pátria amada, idolatrada
Por favor, estenda a mão
Teus filhos não fogem à luta
Mas a dor esfria o coração
E o povo amargo luta é contra a morte
Contra a fome, a miséria e essa escravidão
Vai tentando resgatar sua vida
Sua liberdade, suas ideias, sua emancipação
Como vão tuas lembranças?
Mas cadê teus ideais?
Por onde andam tuas tramas?
Teus heroísmos marginais
Vê se abre o olho
Senão tomam teu direito de pensar
Não seja a cruz do mundo
Não seja um objeto pra se descartar
Pátria amada, idolatrada
Por favor, estenda a mão
Teus filhos não fogem à luta
Mas a dor esfria o coração
E o povo amargo luta é contra a morte
Contra a fome, a miséria e essa escravidão
Vai tentando resgatar sua vida
Sua liberdade, suas ideias, sua emancipação
E sobreviver