Retratos de um país plural
Henrik silva
Meu Brasil querido, solo tão rico e abundante
Era um gigante adormecido, cobiçado por navegantes
De além-mar, dos desertões africanos
O negro acorrentado aqui chegou
Semeou nosso folclore e Cascudo nos mostrou
Aprendeu a plantar, rezar, curar. Ensinou a dançar, cantar
Escravos da opressão no abandonado sertão
E do mandacaru, sobreviveu, mata branca enfrentou, e ao luar
Viu o Cangaço chegar, pediu proteção contra o Boitatá
Era um gigante adormecido, cobiçado por navegantes
De além-mar, dos desertões africanos
O negro acorrentado aqui chegou
Semeou nosso folclore e Cascudo nos mostrou
Aprendeu a plantar, rezar, curar. Ensinou a dançar, cantar
Escravos da opressão no abandonado sertão
E do mandacaru, sobreviveu, mata branca enfrentou, e ao luar
Viu o Cangaço chegar, pediu proteção contra o Boitatá
No coração do ''Inferno Verde''
O Boi revive e a Cunhã-poranga brilha
Enquanto o Pajé anuncia orgulhoso,
Que o futuro é ''Garantido'' e o destino ''Caprichoso''
Festa do Divino, Marujada, Carimbó
Violeiro anima na Ciranda, Boi-Bumbá
Curupira apareceu, o Cerrado se escondeu
O Uirapuru cantou e a índia se encantou
Kuarup encarnou, seringueiro aprendeu
A respeitar as maravilhas que o Chico preservou
Suave é o canto da Mãe D´água, assombros protegendo o lugar
As lendas e mistérios lá do sul
Pinheirais e chimarrão, peão e gralha azul
Savana, o pastoleiro está presente
Porque nosso sertão é o coração de cada um
Hoje a Vila e seus herdeiros
Brindam à mãe natureza
E pintam nesse carnaval
O retrato de um Brasil plural
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