Hiância

Boneca de pano

Hiância
Dialeto em dialeto
As amarras não me serviam bem
Tire as mordaças do meu vício
Ainda ontem me chamavam de alguém

Estou pregada no altar
Do castelo que você construiu
Mas eu não fico muito tempo
Eu salto e me atiro

Eu salto, me atiro
Eu salto, me atiro
Eu salto, me atiro
Eu salto do terceiro andar
Do terceiro andar

Transitivo indireto
Embalsamado na cadeira que eu fiz
Minha boneca de pano que iria te dar
Lamento, não te dei por que não quis

Ela se vendeu por mixaria
Não a culpo, foi de exemplo meu
Mas olha só, eu não fico muito tempo
Eu salto e me atiro

Eu salto, me atiro
Eu salto, me atiro
Eu salto, me atiro
Eu salto do terceiro andar
Do terceiro andar

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