Pólen (part. froid)

Me pediu a Glock emprestada, nanananão
Só obedece o pai, tipo os dragão da Daenerys
De camper na sacada, recordação
Eu lembrei do meu pai falando: Filho, dá neles!
Desde o mago do seu conto, longo cajado
Observando vocês contando fábulas
Meu feitiço tá pronto, encaminhado
Chegou minha vez de contar cédulas
A língua dela me molha, me dá uma toalha
Minha barba cresce rápido, é o flow navalha
Te peguei na falha, cortei na raiz
É, quem planta, colhe, mas você não muda
Quer ajuda? Vai pedir pra Deus
Existem dois tipos de problemas: Os seus e os meus
Cristãos veneram a cruz, fecham com fariseus
Se rap é religião, não gosto, adeus

[Hot e Oreia]
Vocês não sabem tudo que querem dizer (nanananão)
Quando têm na mão, não sabem ter o poder (dolar, dolar, bill y'all)
Vocês não sabem tudo que querem dizer (nanananão)
Quando têm na mão, não sabem ter o poder (dolar, dolar, bill y'all)

[Oreia]
Me pediu a moto emprestada, nanananão
Só obedece a mãe, tipo a guitarra do Jimi
No camping de Caraíva, recordação
Lembrei pajé falando: Planta não é crime (oh, meu filho!)
Fiz minha horta na calada (shhh), sempre molhada
Pregos são como pragas, orcs, goblins
Colhi muita fruta, fiz salada
Sei que já desfrutaram, mas ainda são verdes
Camarim era pra ser um oásis
Não essa fossa sem lugar pras fezes
Verme, sai da reta sai da reta, verme!
Calma, amigo, vamo passar de fase
Minha nossa, não sei quantas vezes
Que vi um poeta não receber o que deve
Vai, vai
Rap tá chato demais
Nem os que eu gosto eu sei mais
Vai, vai
Rap tá chato demais
Nem os que eu gosto eu sei mais

[Hot e Oreia]
Vocês não sabem tudo que querem dizer
Quando têm na mão, não sabem ter o poder
Vocês não sabem tudo que querem dizer
Quando têm na mão, não sabem ter o poder

[Froid]
Um milhão, um bilhão, um zilhão de reais
Família de Minas Gerais, união
Uns virão, uns fingiram que não
Mas virei, me tornei o vilão da vila, hm
Avião que passou, desfila
Tira a mão, campeão, que o que é seu tem mira
Atirei no sistema e nem fui no Bial
Mas também não fiquei de birra
De mirra, esmeralda, encher minha mina
Usar sempre amarelo porque combina
Mó confuso meu texto, as linha
É que eu perco o ouvinte, não perco a rima
Afinal, vamo voltar pro contexto
Entenda, escrevo a respeito do efeito do solo com o esterco
Quanto mais merda, mais seco
Mais sexo, mais pólen, mais resina nos dedos, uhum
Vamo lá, união, rua Johnson
Meu vô é pintor e cheirava a tinta
Eu sou rapper, não tenho um emprego
Minha vida é um ponteiro
Eu tô morto e cheirando a cinza